terça-feira, 30 de setembro de 2008

Daedalus

E quando os dias nos falham? E quando olhamos para nós mesmos e vemos apenas o pó que restou do que poderia ter sido?

Quando nossa imagem projetada não nos segue e tropeçamos nas mentiras que contamos a nós mesmos...

Qual será o vento a me soprar, agora que não tenho mais asas?

Resta-me cair e aguardar o amanhecer.

A noite me espera para contemplar o destino que se despedaça e dá lugar à vida...

Um comentário:

De disse...

Isso que você escreveu é Ching, movimento. é realmente incrível como os poetas conseguem captar o indizível. O tema principal do I Ching é que tudo está em processo de contínua mutação, subindo e descendo, ele revela que situações, quando ultrapassam seus extremos, alternam para seus opostos. Você é muito corajosa por ir tão profundo, mas é necessário que pessoas desbravem caminhos ainda não-significados e coloquem uma palavra. Essa é a doçura amarga de ser um poeta. Obrigada por tudo, conte comigo.