Sobre o que poderia escrever? Talvez sobre o que sinto. Pois bem, sinto vontade de escrever, mais ainda, sinto vontade de conversar. Não tanto pelas vozes e pela proximidade, não tanto pela ausência que procura um outro, mas, sim, pela plenitude e pelo desejo de compartilhar.
Estou sentada sob os galhos secos de uma árvore que se conteve em si mesma por causa do frio, seus ramos esperançosos recortando o céu cinza-profundo. Aos poucos, meu corpo também se encolhe - e treme. Should I go back in?
Tão cheia de vida, com tanto a dizer - com tanto a compartilhar. Ainda assim, faltam-me palavras. Minha plenitude é suave, silenciosa e, provavelmente, efêmera.
Hoje, e somente hoje, a dor é apenas um verso de um poema, infinitamente belo e complexo. Hoje, eu poderia dar ao mundo o melhor de mim, mas não há ninguém ao meu lado.
O vento sopra. É hora de entrar.
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