Já escrevi diversas vezes sobre o limite entre o viver e o simplesmente existir. Sobre os passos que damos sem saber, sobre as horas angústia que engolimos em nossas refeições diárias tão banais; sobre todos aqueles momentos em que poderíamos ter vivido, e escolhemos apenas existir.
O quanto tenho varrido para dentro de minhas feridas? O quanto tenho mentido para manter minha máscara encardida? Não sei...
Mas, ainda assim, seguro-me a este espantalho abandonado, que cumpre tão bem sua função. Aqui, pregada a esta cruz, finalmente pareço estar indo a algum lugar, finalmente pareço estar fazendo a parte que me cabe.
E aquelas figuras cada vez mais distantes que eu antes observava e amava? Cansaram-se de esperar que eu viesse à vida.
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